Herois da Liberdade

Herois da Liberdade é o samba-enredo do GRES Império Serrano do carnaval de 1969, de autoria de Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e Manuel Ferreira. Samba clássico, é um dos hinos da Serrinha, representando a força e dignidade de sua comunidade.


“Já raiou a liberdade
A liberdade já raiou
Esta brisa que a juventude afaga
Esta chama que o ódio não apaga pelo Universo
É a evolução em sua legítima razão

Samba, oh samba
Tem a sua primazia
De gozar de felicidade
Samba, meu samba
Presta esta homenagem
Aos “Heróis da Liberdade”

No site de Marcelo Moutinho um causo saboroso sobre essa joia da música brasileira. E Viva a Serrinha!

http://www.marcelomoutinho.com.br/…/nota-zero-para-herois-…/

E sobre o magistral Silas de Oliveira, mestre do samba, a Funarte realizou um vídeo documentário em homenagem ao seus 100 anos.

A Delicadeza de François Gall

François Gall e sua mulher Eugenie

François Gall, ou Ferenc Erdelyi Gall, húngaro de nascença (1912, Kolozvár), foi um dos artistas que adotou a Paris do Pré-Guerra, atrás da onda impressionista. Entre os temas preferidos do pintor estão as mulheres e o dia a dia da vida parisiense, seus cafés e sua gente. Gall é um desses artistas que reverencia a mulher com enorme sensibilidade. Fica minha homenagem as queridas, entre cores e traços do mestre parisiense, que tanto atraem em suas cores vibrantes, olhares e atmosfera dos inúmeros retratos e cenas femininas.

 

O Maior de Todos, Richard SThompson

Se você nunca ouviu falar de Richard Thompson, pare tudo e veja isso:

Mais uma joia do cartunista americano.

 

Exatamente. Richard (1957-2016) foi um gênio, um gigante. Adorado e reverenciado por seus contemporâneos, teve a vida abreviada pela doença de Parkinson, uma sina especialmente cruel para um artista dedicado ao desenho. Sua obra, ferina e magistral, vai desde ilustrações editoriais (trabalhou no Washington  Post), passando por cartuns, caricaturas, aquarelas, pintura a óleo, tirinhas.  Sua marca é o ponto de vista sutil, raro e mordaz, impecavelmente traduzido em garranchos incertos, letreiro semi infantil, desenhos aparentemente pueris, fáceis. SThompson reunia execução e conteúdo superpotentes, em um padrão de excelência reservado aos grandes mestres.

Pra conhecer mais a fundo, recomendo The Art of Richard Thompson que reúne uma seleção da sua obra, acompanhada por entrevistas e depoimentos de artistas como Bill Watterson e Pete de Séve. Mais recentemente, foi lançado The Incomplete Art of Why Things Are, com a arte de uma coluna do Washington Post que respondia a perguntas sobre o porquê das coisas, ilustrada por RT. Dois marcos importantes de sua carreira foram a série Richard’s Poor Almanac, publicada no Post  e Cul de Sac, a tirinha que encantou Bill Watterson, publicada em mais de uma centena de jornais pelo mundo e que também foi lançada em fascículos. E o blog do Richard, iniciado em 2007, continua no ar. Impensável perder.

Assista também um curta sobre o Richard no Vimeo.

 

O Maravilhoso Mundão da Moda, por Richard Thompson

Toco Toco TV: passeios criativos no Japão de hoje

Se você curte cultura japonesa, não pode perder a série Toco Toco TV (2011- ). “Toco toco” é palavra japonesa usada pro ruído de passos. Como se a gente estivesse seguindo os passos de alguém. Cada episódio dura 15-20 minutos e passeia por lugares escolhidos pelo convidado, geralmente em Tóquio, enquanto ele fala um pouco da sua história, processo criativo, dia a dia.

São músicos, estilistas, ilustradores, gamers, designers, autores de quadrinhos, cineastas, DJs. Tem um pouco de tudo e é lindo. Tem um sentido intimista, até certa nostalgia, enquanto o convidado relembra sua trajetória, sem a intervenção de um entrevistador. Em alguns casos, o pretenso formalismo dos japoneses cai por terra completamente e chega a ser emocionante escutar  revelações do artista sobre a carreira e a vida em geral. O artista convidado encerra o episódio com um ditado ou palavra que tem um sentido especial pra ele e assim vemos mais uma camada descoberta daquela personalidade. Recomendo demais.